Sei que tuas lágrimas jorraram
Pelo teu rosto como gotas de chuva
Em dias tristes de tempestade
Pela vidraça da janela,
Enquanto olhava o balançar
Das árvores agitadas...
Sei que não te compreenderam,
Que adentraram ao jardim
Dos teus sentimentos,
Pisotearam tuas flores,
Profanaram o santuário
De tua intimidade...
Sei que olharam nos teus olhos,
Proferiram o discurso do amor,
Com voz suave e palavras românticas;
Mas traíram tua confiança com mentiras
E olvidaram suas próprias promessas!
Eu sinto...
Por não me permitir te defender
Dos cães atrozes que te cercaram
E te morderam com palavras dolorosas,
Dilacerando teus sentimentos...
Sofro por negares o meu amor.
Me dói não deixar-me proteger teu jardim
Como os Querubins protegiam o Éden
Com espadas flamejantes...
Eu sinto...
Por tuas lágrimas derramadas,
Enquanto o coração pedia afeto,
E eu não pude estar presente para enxugar.

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