E o amor que se planta tal qual uma flor?
Suas pétalas lindas o vento levou
Horizonte adiante, e fez-se sumir,
À vista, que dor, de meu belo jardim!
O tanto que fiz ao regá-la demais...
No fim, algo diz que não era para mim
Ser intenso, amoroso e sofrer, jamais...
Sou bobo, talvez, por amar tanto assim
Suas cores vermelhas, cores de carmesim;
Mas sincero, honesto, sem medo de errar,
E, por isso, senti, esta rosa plantar.
A maldade, ó Rosa, não está em quem ama,
Mas, naquele que cria uma vida a dois,
Faz semente crescer, virar planta, e depois
Pisoteia, impiedoso, sem remorso na grama,
E se vai, sem sofrer, sem chorar o que fez.

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