Amor,
Tens se sentido como um pássaro
De asas cortadas?
Não consegues voar em liberdade?
O que prende teus pés e mãos
É um amor que já não há em ti?
Um amor vivido por um só
É como um xadrez jogado
Com a solidão.
Seria tirania, não amor,
Obrigar alguém a jogar contigo...
Todavia, no amor, não há tiranos
Nem prisioneiros.
Ainda assim um só pode amar,
Mesmo que o amor tenha esvaído do outro...
E como não há tiranos no amor,
Também não há prisioneiros.
Amar é permitir que o outro seja livre.
Como Deus, em Seu amor,
Deu-nos a liberdade de escolher
Entre ir com Ele ou deixá-Lo.
Sabendo que no amor não há tirania,
E que é impossível amar por obrigação,
Deus deixou que nossas asas crescessem,
Para que pudéssemos voar em liberdade —
E quem sabe, voltar para debaixo
De Suas asas.
Afinal, poderia um prisioneiro amar
Aquele que o prende,
E veta todas as vias de sua liberdade?
E poderia um rei tirano emitir um decreto,
Para que o amem?
Então, seja um pássaro livre.
E voe, ainda que para longe de mim.

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