Nada havia no princípio
A não ser o nada.
Estrelas não pintavam
O céu com seus pontinhos...
Bem ou mal ou sacrifício;
Arma, flecha, espada;
Amores, dores...
Mãos, sujas de sangue.
Vinho embriagante para o homem,
Homem mal de alma.
Moças, flores —
Não havia isso também.
Sequer havia padre a dizer amém!
Será que no princípio houvera amor?
Se sim, por que vivemos tanta dor?
Se fomos planejados por alguém,
Por que fizera o mal além do bem?
E dado o início de todas as coisas:
As estrelas, a lua, o sol e a Terra;
As plantas, os mares, os peixes, as aves...
Formado fez-se o homem da guerra.
Firmado se pôs o homem de lutas,
Erguido no chão com sangue nas mãos —
Sorrindo, chorando, amando e odiando,
Com amor e com ódio a povoar a Terra.
E Jesus que a eles veio salvar,Numa cruz, o mesmo ousara pregar!

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