O amor é como uma taça de se embriagar;
Dele bebemos e ficamos tonteantes,
Perdidos no juízo.
Não será por isso que, às vezes,
Cometemos loucuras?
E haveria delírio maior
Do que render-me aos teus braços,
Temendo que o anonimato de nossa paixão
Torne-se público como notícias de um jornal?
Sendo tão secreto como as palavras
De um diário que foi queimado
Sem nunca ter sido lido por outrem,
Nossos momentos de volúpia
Assemelham-se a uma bailarina
Cuja dança se faz numa corda bamba...
Nosso romance baila entre saltos e rodopios,
Com o risco de vacilar um passo
E cair em estacas afiadas.
É como uma dança da morte -
Obscura, longe dos olhos dos homens,
Dos animais e dos anjos.

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